O Mercado Central de Belo Horizonte é um local que sempre entra no meu roteiro quando vou à cidade. Como moro à 120 quilômetros da capital mineira, sempre dou um pulinho em “Beagá” para consultas, passeios e outras questões, sempre que posso passo pelo Mercado Central, um dos locais mais tradicionais de Belo Horizonte. No mercado tem de tudo um pouco, é um local que tem pessoas de todos os estilos e está no coração da cidade.
Visitar o mercado significa participar da rotina diária de muitos belo horizontinos, que frequentam o local para um happy hour após o trabalho, para almoçar nos restaurantes, para comprar queijos, linguiças, doces e outros ingredientes da culinária mineira, para comprar flores, artesanato e muitas outras coisas, no mercado tem tudo isso.
O Mercado Central de Belo Horizonte foi eleito recentemente como o melhor mercado do Brasil e já entrou até entre as top 10 melhores mercados do mundo, conquistando a honrosa terceira colocação, estando atrás dos mercados de Barcelona e Londres. Já viu que o local não pode deixar de estar em seu roteiro por Belo Horizonte né?
NAVEGUE PELO POST
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Inaugurado em 1929, o Mercado Central de Belo Horizonte foi construído para reunir os produtos que abasteceriam a jovem Belo Horizonte, que na época possuía apenas 47 mil habitantes. O Mercado funcionou até o ano de 1964, quando o prefeito da época Jorge Carone resolveu vender o terreno alegando impossibilidade de administrar a feira. Os comerciantes se organizaram e criaram uma cooperativa e compraram o imóvel da prefeitura, com a promessa de construir um galpão coberto em toda a área do terreno no prazo de 5 anos.
A duas semanas de vencer o prazo, faltava o fechamento da área. Três irmãos decidiram investir no projeto e contrataram quatro construtoras para que o galpão pudesse ser fechado, assim cumprindo a exigência da prefeitura para concluir a compra do terreno. Assim, ao longo dos anos o Mercado veio expandindo seus negócios se tornando não só um local de compras de produtos alimentícios, mas também de compras de artesanato e de comidas típicas.
Até a década de 1970, o Mercado Central foi o principal ponto de abastecimento de Belo Horizonte. Atualmente, o Mercado mistura a sua história com aspectos da vida moderna, se tornando além de um local de compras, um grande espaço para o convívio social.
Localização
O Mercado Central de Belo Horizonte possui um localização privilegiada, no centro da cidade. O local possui vários portões de acesso, porém a entrada principal fica na Avenida Augusto de Lima. O ponto de referência para chegar ao Mercado é a Praça Raul Soares, que fica no centro da cidade. Para quem vai de carro, o mercado possui estacionamento próprio e há vários outros estacionamentos nos arredores mas acredite, vale mais a pena ir de UBER.
O Mercado Central de Belo Horizonte
Com mais de 80 anos de história, o Mercado Central possui mais de 400 lojas de vários segmentos. É possível encontrar por lá artesanatos, flores, panelas, enfeites, vasos, balas, ervas, frutas, temperos, lanches, almoço, chopp, cerveja gelada e tem até salão de beleza.
Literalmente você encontra de tudo lá dentro do Mercado Central, fazendo dele, um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte. Lá você encontrará também, um posto de informações turísticas, com guias bilíngues que fazem passeios monitorados para grupos de até 20 pessoas. Além disso, vários seguranças ficam espalhados pelo Mercado Central.
Dentre as diversidades do local, é possível encontrar uma capela aberta para visitação, sendo celebradas missas todos os domingos de manhã. Recentemente foi inaugurada a Rede Wifi Gratuita do Mercado, mais um serviço para este importante local, que recebe cerca de 1 milhão de visitantes por ano.
Funcionamento
O Mercado Central de Belo Horizonte funciona de segunda à sábado das 7h às 18h e domingos das 7h às 13h. O local possui estacionamento que funciona diariamente das 7h às 20h. O estacionamento é pago e aceita cartões de débito.
Tradições
Uma das principais tradições do Mercado são algumas comidas típicas encontradas nos bares e restaurantes lá instalados. Um dos principais pratos é o jiló com fígado, um dos “tira-gosto” mais requisitados por lá, que pode ser encontrado no “Bar da Lora”. Eu não sou fã de jiló mas dizem que o jiló deste bar é diferente e agrada até que não gosta do fruto. A carne de panela com molho de cerveja preta é outra boa pedida por lá.
Para o almoço, o Restaurante Casa Cheia é o mais requisitado e faz jus ao nome, está sempre cheio. A tradicional fila que se forma para aguardar uma vaga em alguma mesa é bem comum por lá e todos aguardam pois vale muito a pena. Quando almocei por lá, gostei muito das “Almôndegas Exóticas”.
Depois do almoço, um cafezinho é um hábito comum de quem visita o mercado, também pudera, o café do Comercial Sabiá é uma delícia. Funcionando no local há mais de 20 anos, a cafeteria faz tanto sucesso que até abriu uma filial na Savassi. Quando for tomar seu cafezinho por lá, não deixe de provar a broa com queijo e o bolo de mexerica, são deliciosos.
É comum ver os formandos por lá durante a manhã, é uma tradição sair da festa de formatura e “finalizar” a noitada por lá. Competições gastronômicas internas também são realizadas e os ingredientes só podem ser comprados dentro do Mercado. É o caso da competição “O Melhor do Mercado” com os vídeos postados no Youtube.
Vale a pena visitar o Mercado Central de Belo Horizonte?
O Mercado Central é muito tradicional em Belo Horizonte e possui locais que servem deliciosos pratos típicos para almoço, além de lanchonetes e bares. Há ainda várias lojas com artesanato local e lembranças de BH.
Além de um posto de informações turísticas com guias bilíngues, há vários seguranças espalhados por todo o empreendimento, fazendo do Mercado Central um local preparado e com ótima estrutura para receber visitantes do mundo inteiro.Todos esses detalhes fazem do Mercado Central um passeio único e imperdível em Belo Horizonte. Não deixe de visitar!
Mercado Central de Belo Horizonte
Avenida Augusto de Lima 744
Centro – Belo Horizonte/MG
(31) 3277-4691
www.mercadocentral.com.br
Viagem realizada em setembro de 2015