Os mercados municipais são uma grande tradição em boa parte das cidades brasileiras, seja ela uma capital ou uma cidade do interior do estado. Em Belo Horizonte há o famoso Mercado Central, onde se encontra de tudo. Fortaleza também possui um Mercado Central muito tradicional. Aracaju não se contentou em ter apenas um, a capital sergipana possui três mercados municipais, o Antônio Franco, o Thales Ferraz e o Albano Franco.
Passear pelos mercados municipais é um ótimo programa, mesmo que você não tenha intenção de fazer compras!
NAVEGUE PELO POST
ToggleComo chegar aos Mercados Municipais
Os três mercados ficam lado a lado em um local conhecido como Praça dos Mercados. A partir da Orla de Atalaia, siga a Avenida Beira Mar por toda vida no sentido centro da cidade. Os mercados estarão à esquerda da via, cerca de 6 quadras após a Ponte do Imperador.
No sentido Atalaia/Centro, o primeiro é o Antônio Franco, depois vem o Thales Ferraz e por último a Albano Franco.
Um pouco da história
Os mercados municipais Antônio Franco e Thales Ferraz são parte do patrimônio da cidade de Aracaju, foram previstos no planejamento inicial de 1855. O centro da cidade foi planejado no formato de um tabuleiro de xadrez e os mercados estão em harmonia com este estilo arquitetônico.
O Mercado Antônio Franco (1926) foi construído para abastecer a população com alimentos, já que antes de sua construção apenas feiras móveis eram encontradas por lá. Com o crescimento da demanda, foi necessária a construção de um mercado “auxiliar”, o Thales Ferraz (1949).
Eles foram revitalizados e recuperados (2000), preservando a arquitetura original e hoje abrigam lojas de artesanato, restaurantes e bares, unindo a rica história do local com o cotidiano atual. Junto com essa revitalização, nasceu o Mercado Albano Franco com uma arquitetura diferente dos outros dois.
O local é muito frequentado, não só por turistas mas também pelos próprios aracajuanos, que costumam fazer compras por lá.
Mercado Antônio Franco
O Mercado Antônio Franco é voltado para a venda de artesanato popular como rendas, bordados e objetos de palha. Mas também é possível encontrar barbearias e salões de beleza por lá. A diversidade de produtos encontrada por lá merece destaque, da literatura de cordel às comidas típicas do estado, a cultura sergipana está presente em todos os cantos do mercado.
O local ganha ainda mais encanto quando conhecemos um pouco da história das pessoas simples que lá encontramos, como o Seu Careca, que trabalha no local há 62 anos. A barraca dele vende artesanato e vale a pena conhecê-la.
Outro grande personagem é o Seu Firmino, o maior cordelista do estado. Ele era um apaixonado pela literatura de cordel e por mais de 50 anos, produziu e vendeu cordéis por lá. Ele faleceu em 2013 mas a família dele continua por lá, mantendo a tradição.
Aproveite para almoçar no charmoso Restaurante Caçarola, que fica no terraço. Outro atrativo bem legal por lá é o bafômetro sergipano, facilmente encontrado nas barracas por lá. Faça o teste e conte pra gente.
Na parte externa do Antônio Franco, há um bar com várias mesas sobre o enorme calçadão, onde o forró dá vida ao lugar, bem animado, a cara do Nordeste!
O Mercado Antônio Franco é ligado ao Thales Ferraz pela Passarela das Flores.
Mercado Thales Ferraz
Este mercado também possui algumas barracas que vendem artesanato mas o grande destaque por lá são os produtos tipicamente nordestinos, como tapioca, queijos, doces e vários tipos de castanha de caju.
Neste mercado, conheci a barraca “Laticínios Irmãos Santos” que vende diversos produtos como queijos, cachaças, doces, manteiga nordestina e vários tipos de castanha de caju.
O Espaço do Beiju vende beiju molhado na folha de bananeira, pamonha, pé de moleque e outros doces e produtos típicos. Para quem não sabe, beiju é um bolo de goma de mandioca, basicamente uma tapioca.
Há também um centro de informações turísticas neste mercado.
Mercado Albano Franco
Este mercado foi o último a ser construído e não tem nada de turístico por lá. Porém vale a visita se você pretende comprar frutas regionais, verduras, pimentas tipicamente sergipanas, temperos, peixes e carnes. A oferta é grande e, “pechinchando”, é possível comprar com bons preços.
No segundo andar há uma espécie de “camelódromo”, uma feira do Paraguai.
Algumas barracas vendem cachaças com nomes bastante “curiosos” e divertidos.
“Passear pelos mercados é um passeio com grande riqueza cultural. atrás de cada balcão, um personagem, uma história de vida e muito amor por Aracaju!”
Praça Hilton Lopes
A Praça Hilton Lopes está entre os mercados Thales Ferraz e Albano Franco, em um grande espaço aberto. É lá que acontece todos os anos o Forró Caju, festa tradicional no estado que recebe cerca de 100 mil pessoas em 2 semanas de evento, que geralmente ocorre no mês de junho.
Viagem realizada em abril de 2016