Vôo livre de parapente na Serra da Moeda, Brumadinho-MG

Logo quando montei o roteiro do projeto “Nos Caminhos de Minas”, pensei em fazer diferentes atividades nas cidades visitadas como ecoturismo, roteiro cultural e esporte radical, assim surgiu a ideia de praticar voo livre parapente na Serra da Moeda, um lugar com uma vista fantástica e boa estrutura para a pratica do esporte.

A Serra da Moeda

Com 1.450 metros de altitude e várias rampas naturais com boa inclinação, a Serra da Moeda é procurada por turistas do Brasil e do mundo para a prática do vôo livre. A Serra abrange as cidades de Nova Lima, Brumadinho, Itabirito, Belo Vale e Ouro Preto, e o local de onde partem os praticantes de vôo livre é conhecido como Topo do Mundo.

Além do esporte, o local é ideal para quem procura paz e descanso, pois possui pousadas e restaurantes que ficam em um vale, entras as montanhas da Serra. Para se hospedar na Serra da Moeda, indicamos o Hostel da Serra, que fica próximo ao Restaurante Casa de Abrahão.

Expectativa antes de saltar

Logo quando fechei a parceria com a Base da Nuvem – Escola de Parapente, já deu aquele friozinho na barriga só de pensar em saltar dos 1.450 metros de altitude da Serra e também pela ansiedade e expectativa de praticar este tipo de vôo pela primeira vez, sendo que já havia praticado vôo de parasail, bem diferente do vôo livre.

Para praticar o vôo duplo de parapente, não é necessário um curso para voar, pois o vôo é feito pelo instrutor, que mostra como funciona o vôo livre de parapente. Lembre-se de procurar sempre empresas certificadas e indicamos a Base da Nuvem, escola de parapente que conta com instrutores habilitados pela Associação Brasileira de Voo Livre com vários anos de experiência no esporte.

Chegou a hora de voar

Chegado o dia do vôo livre, seguimos (eu e Lucas) para o Topo do Mundo e a vista panorâmica de lá é incrível. O pôr do sol visto de lá, também é maravilhoso e rende belas fotos. Com uma visão de 360 graus, se você estiver em um dia de sorte e o tempo estiver seco, dá pra avistar Belo Horizonte, e algumas vezes até o Pico do Itacolomi, que fica na cidade de Ouro Preto à quase 90km da Serra.

De acordo com a direção do vento, é possível fazer o vôo pro lado da rodovia BR-040, chamado de “Moedinha”, ou pro lado em que fica o vale, conhecido como “Moedão”.

A realização do vôo depende sempre das condições meteorológicas do dia e a previsão para o dia em que agendamos estava ótima. O nosso vôo estava marcado para às 14h, porém já eram 16:30h e ainda não havíamos saído do chão e eu já estava achando que não ia rolar, pois a pressão do vento ainda não estava ideal para um vôo duplo.

Mas a natureza deu uma forcinha e os ventos colaboraram para que pudéssemos ter o prazer de praticar o vôo livre. O nosso instrutor foi o Guilherme Peixoto (Gui) que passou todas as instruções de antes, durante e o pouso do vôo. Enfim, saí do chão e pude desfrutar desse esporte, que já virei fã.

Vale a pena praticar o Vôo Livre?

É praticamente impossível descrever como é um vôo livre, talvez uma mistura de sensações, liberdade em voar como um pássaro, ansiedade, adrenalina de estar a mais de 1450 metros de altitude, satisfação de mais um desejo realizado, enfim, pensei em tudo isso enquanto voava pela Serra da Moeda.

O que eu posso descrever para os leitores do blog é que é muito mais tranqüilo do que todos imaginam, pois não tem queda livre como pára-quedas, o momento de decolagem é tranquilo e o pouso mais tranquilo ainda.

Para registro das fotos e do vídeo durante o vôo, contratamos o Hebrom Tebas que além deste trabalho, também é o dono do Hostel da Serra. Gostamos muito do trabalho do Hebrom tanto das fotos quanto do Hostel e já é parceiro do Blog Meu Destino.

Assista abaixo o vídeo do voo:

Abrace a Serra da Moeda

O Blog Meu Destino apóia a ONG “Abrace a Serra da Moeda”, que reúne dezenas de comunidades que se opõem ao projeto de exploração mineral da Serrinha (Serena), na Serra da Moeda em Brumadinho. A ONG reivindica a implantação do Monumento Natural na Mãe D´água na Serra da Moeda como modo de proteger a montanha, mais de 30 nascentes e biodiversidade do local.

Viagem realizada em outubro de 2013