O Museu da Memória de Trindade existe desde 1998, mas nem todos os moradores e romeiros que visitam a cidade sabem da existência do mesmo. Incluí a atração em meu roteiro pois queria saber mais a respeito da história da capital da fé, mas ao perguntar algumas pessoas sobre o museu, poucas souberam falar a respeito do local.
Resolvi “bater perna” até o museu, já que fica a cerca de 20 minutos de caminhada do Santuário do Divino Pai Eterno. Guardei todos os equipamentos durante o trajeto pois o percurso é bem menos povoado e não senti muita segurança, já que estava sozinho. Não vi nada e nem soube de nada em relação à segurança da cidade mas todo cuidado é pouco.
Museu da Memória de Trindade
Cheguei ao Museu da Memória de Trindade por volta das 13h e uma funcionária estava lavando a escada de acesso ao local, com um sorriso no rosto ela me recebeu e disse que eu poderia visitar o local. Ela chamou uma outra pessoa que disse que iria me guiar, mas passou bem longe disso, não por falta de vontade, ela foi super simpática e atenciosa, mas por falta de preparo.
O grande pecado do museu durante a minha visita foi este, achei o acervo bem legal e com algumas relíquias, a casa por si só é uma história viva, mas a pessoa que me guiou não sabia explicar sobre as artes, era incerta em suas colocações, aí o que soube do museu foi lendo as identificações e algumas matérias de jornal, colocadas nas paredes.
O acervo conta com fotos, documentos, obras de arte e objetos que contam parte da história de Trindade, desde quando o local era chamado de Distrito de Santa Cruz. Uma das obras do museu retrata o casal Constantino Xavier e Ana Rosa, que encontrou o Medalhão da Santíssima Trindade às margens do Córrego Barro Preto em 1840. Algumas obras retratam em quadros os primeiros milagres após a descoberta do medalhão.
O casarão onde funciona o museu é conhecido como “sobradinho” e foi construído em 1912 para ser uma fazenda. No dia da minha visita ao local, tive a oportunidade de conhecer a neta de Salviano Vaz da Silva, pessoa responsável pela construção da casa. A longo dos anos, esta casa passou por diversos donos, até ser desapropriada pela prefeitura de Trindade em 1988.
O museu recebe cerca de 1000 visitantes todos os anos, número que poderia ser bem maior. A localização não é das melhores, já que fica longe do Santuário do Divino Pai Eterno, principal ponto de interesse na cidade. Deixo a minha sugestão à equipe do museu para que prepare melhor os seus guias e depois invista em divulgação, para que possa receber mais pessoas.
O Museu da Memória de Trindade funciona de segunda à sábado, das 7h às 18h. A entrada é gratuita.
Aproveitei a ida ao Museu para Conhecer também a Igreja de Santa Luzia, uma bonita capela que possui uma história muito interessante de fé e devoção. O Sr Francisco Paulo Ramos estava com um problema muito sério nos olhos, fez longos tratamentos e não obteve êxito. Sua esposa então pediu a intercessão de Santa Luzia e foi atendida, e então prometeu construir a capela.
Museu da Memória de Trindade
Rua 16 de Julho, esquina com Maj. Manoel Alves
Trindade-GO
Viagem realizada em junho de 2018
A viagem à Trindade foi realizada à convite da AFG Comunicação e da AFIPE, porém todas as opiniões acima são pessoais e expressam a real experiência deste blogueiro. Fiz a parceria, mas a minha opinião é livre quanto aos serviços prestados. Agradeço à AFG e à AFIPE pelo convite e ótimo acolhimento.
Boa noite André, gostei de sua matéria sobre o museu, fiquei super interessada em conhecer. Realmente, falta divulgação. Estive recentemente em Trindade, por conta da festa. Aliás, pelo menos uma vez ao ano, eu e meu esposo vamos lá. Próxima vez exploraremos um pouco mais os arredores. Muito agradecida pela dica. Abraço, Maria Auxiliadôra (@dodoiamartins)