Visitar Curitiba e não conhecer o Museu Oscar Niemeyer é um grande erro! Ele é simplesmente o maior museu de arte da América Latina, foi eleito pelo guia norte americano Flavorwire como um dos 20 mais belos museus do mundo, está entre as principais atrações de Curitiba e encanta à todos que o visitam.
Um dos que saíram encantados com o museu fui eu, e olha que quase fui à Curitiba sem conhecer o “Museu do Olho” (nome popular dado ao Museu Oscar Niemeyer pelo design de um olho no edifício), o que seria um grande erro. Estive na cidade para participar do Encontro RBBV 2018, um encontro de blogueiros de viagem na cidade, a visita ao Museu Oscar Niemeyer não entrou na apertada programação, daí eu tive que dar meus pulos.
Escapei de uma das palestras do dia e fui conhecer o museu, com o apoio do Cássio, marido da Márcia do blog Casa de Doda, ele gostou da ideia e também fez um tour pelo museu. Assim que saí do museu eu pensei, “que decisão acertada”, valeu demais a pena ter ido conhecê-lo.
Museu Oscar Niemeyer
A história do museu começou em 1967, data em que o prédio principal do atual museu começou a ser construído, uma obra de Oscar Niemeyer. A obra foi concluída em 1978 e por ali funcionavam algumas secretarias de estado. Em 2002, estas secretarias deixaram o edifício, para que o local se transformasse em museu. Em 22 de Novembro de 2002, o museu foi inaugurado, recebendo o nome de Novo Museu. No ano seguinte, Oscar Niemeyer foi o responsável pela construção de um anexo, em formato de um olho, daí veio a atual denominação, Museu Oscar Niemeyer.
Localizado no Centro Cívico de Curitiba, o museu pode ser facilmente alcançado por táxi, transporte público, Uber ou até pelos ônibus da Linha Turismo. A localização central faz com que a visita ao local seja ainda mais obrigatória. O museu conta com aproximadamente 7 mil obras, em um espaço de 35 mil metros quadrados de área construída, além de 17 mil metros quadrados de áreas para exposições.
Estrutura / Exposições
A mega estrutura do MON (abreviação para Museu Oscar Niemeyer) conta um um prédio principal com três pisos, além da torre (olho), totalizando quatro andares de espaço para exposições. O complexo ainda conta com auditório, ambiente para realização de eventos, a MON Loja e o MON Café. O local possui estacionamento (pago) com 316 vagas.
O acesso ao museu é realizado pelo térreo. Na extremidade direita estão o MON Café e a MON Loja. Por ali você encontra a bilheteria, onde é possível adquirir os ingressos no ato da visita. Dá pra comprar pela internet também, neste link. Na extremidade esquerda está o acesso ao museu.
Não são permitidas filmagens e nem fotos com flash dentro do museu, isso será avisado ao passar pela entrada principal. O primeiro piso dispõe de nove salas expositivas e abriga a maioria das exposições. O acesso a este piso pode ser realizado por rampa, elevador ou por escadas.
Dentre as diversas exposições deste piso, destaco duas em especial que muito me agradaram. A primeira era uma coleção de fotografias do fotógrafo francês Pierre Verger, ele transformou seu trabalho em um grande panorama dos cinco continentes, incluindo o Brasil. Ele morou por alguns anos em Salvador, capital da Bahia e fez fotos incríveis, um trabalho realmente fantástico.
A segunda exposição que me encantou é uma coleção de peças asiáticas de nome Ásia: A Terra, os Homens, os Deuses, com cerca de 200 peças raras e de forte conteúdo simbólico, provenientes de mais de 10 países asiáticos. Há peças como as cerâmicas do Vale do Indo, que podem chegar a 7 mil anos A.C., gravuras japonesas e indianas, o espírito protetor de Jade, ornamentos e outras peças da Ásia Central. Uma exposição riquíssima e muito interessante.
Essas 200 peças são apenas um aperitivo, já que em janeiro de 2018 o Museu recebeu uma doação de cerca de 3000 peças, doadas pelo embaixador Fausto Godoy. Estas peças foram reunidas por ele ao longo de sua carreira diplomática, formando uma das coleções asiáticas mais significativas do Brasil e da América do Sul.
Do primeiro piso eu fui até o subsolo, onde se encontram algumas exposições permanentes de projetos, fotos e maquetes do arquiteto, no chamado Espaço Niemeyer. Por ali também há um auditório, a Galeria Niemeyer, o Pátio das Esculturas, o Centro de Documentação e Referência e o Espaço da Ação Educativa.
Do subsolo, adentrei um túnel que dá acesso à Torre do Olho e tem um efeito bem legal, dando impressão que vamos bater a cabeça, uma ilusão de ótica. A torre possui 30 metros de altura, possui quatro pavimentos e costuma receber exposições interativas, mas no dia de minha visita não havia nenhum obra em exposição por lá.
Ingressos / Funcionamento
O ingresso para acessar o Museu Oscar Niemeyer custa R$20 por pessoa, preço que achei bem justo tendo em vista o que o museu oferece. Professores, estudantes com identificação, doadores de sangue, pessoas com deficiência, titulares da ID Jovem e portadores de câncer com documento comprobatório pagam R$10.
A entrada é gratuita para menores de 12 anos, maiores de 60 anos, grupos de estudantes pré-agendados e estudantes de escolas públicas do ensino médio e fundamental. Os ingressos podem ser adquiridos diretamente na bilheteria do museu ou pela internet, neste link.
O Museu Oscar Niemeyer funciona de terça à domingo, das 10h às 18h, sendo que a venda de ingressos e o acesso se encerram às 17h30. Como são muitas obras, é bom chegar antes desse horário, para poder curtir com mais calma. Reserve pelo menos 1h30 do seu roteiro para curtir as obras e todo o museu.
Visitei o museu na parte da manhã e estava bem tranquilo para comprar ingressos e ver as obras, recomendo que faça o mesmo. Almocei no Restaurante Dom Oscar, que fica em frente à Torre do Olho, paguei cerca de R$19 em uma refeição + um suco, a comida estava muito boa, recomendo!
Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes 999
Centro Cívico – Curitiba-PR
(41) 3350-4400
Viagem realizada em novembro de 2018
MORATO